Há Espíritos?
Com essa pergunta, Allan Kardec inicia suas reflexões acerca da existência dos Espíritos nO Livro dos Médiuns, segunda obra da Codificação Espírita.
Publicado em janeiro de 1861, O Livro dos Médiuns contém, segundo sua própria folha de rosto, o ensino especial dos espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que se podem encontrar na prática do Espiritismo.
Uma vez que a história da humanidade está repleta de exemplos de intercâmbio entre os mundos material e espiritual, podemos considerar que O Livro dos Médiuns traz um olhar novo sobre algo velho: não mais uma mescla de misticismo, não mais um conjunto de crendices, não mais um aglomerado de rituais reservados a um grupo pequeno de "eleitos": agora, o intercâmbio mediúnico era visto com os olhos da ciência e da razão.
Na introdução da obra, Kardec destaca o objetivo de suas páginas: Seu objetivo consiste em indicar os meios de desenvolvimento da faculdade mediúnica, tanto quanto o permitam as disposições de cada um, e, sobretudo, dirigir-lhe o emprego de modo útil, quando ela exista. Esse, porém, não constitui o fim único a que nos propusemos.
De par com os médiuns propriamente ditos, há, a crescer diariamente, uma multidão de pessoas que se ocupam com as manifestações espíritas. Guiá-las nas suas observações, assinalar-lhes os obstáculos que podem e hão de necessariamente encontrar, lidando com uma nova ordem de coisas, iniciá-las na maneira de confabularem com os Espíritos, indicar-lhes os meios de conseguirem boas comunicações.
Quem quer que o estude cuidadosamente, melhor compreenderá depois os fatos de que venha a ser testemunha.
Como repositório de instrução prática, portanto, a nossa obra não se destina exclusivamente aos médiuns, mas a todos os que estejam em condições de ver e observar os fenômenos espíritas.
Dirigimo-nos aos que vêem no Espiritismo um objetivo sério, que lhe compreendem toda a gravidade e não fazem das comunicações com o mundo invisível um passatempo.
Muitos poderão recear que, lendo O Livro dos Médiuns, passarão a ver ou ouvir 'coisas' das quais não eram testemunhas antes da leitura da obra. Entretanto, deixamos aqui uma pergunta: o fato de lermos uma coletânea sobre a teoria e prática da música clássica, estaremos aptos a tocar a 9ª Sinfonia de Beethoven? O raciocínio é o mesmo para a prática mediúnica: não é porque vc passou a conhecer os mecanismos da mediunidade que significa que, a partir daí, você se tornará um médium!
O link a seguir mostra a edição nº 143 do Programa Transição, no qual o trabalhador espírita Divaldo Pereira Franco fala sobre O Livro dos Médiuns:
Por ora ficamos por aqui.
Nosso próximo post tratará dO Evangelho Segundo o Espiritismo, terceira obra da Codificação Espírita.
O abraço de sempre. Fiquem com Deus.
E até a próxima!
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