domingo, 22 de julho de 2012

Allan Kardec

O codificador da Doutrina Espírita, antes de passar a assinar com o pseudônimo de Allan Kardec, assinava suas obras com o seu verdadeiro nome: Hippolyte-Léon Denizard Rivail.
De uma família que se destacou na área da advocacia e da magistratura, o professor Rivail iniciou seus estudos em Lyon, na França (sua terra natal) e, posteriormente, seguiu para Yverdun,  na Suíça, para concluir seus estudos com o professor Johann Pestalozzi, conhecido como "o educador da Humanidade". Na época (primeira metade do século XIX), o Instituto Pestalozzi era considerado a escola modelo da Europa.
Concluídos seus estudos, Rivail voltou para a França, onde publicou várias obras na área da Aritmética, Gramática, Química, Física, Astronomia e Fisiologia.
Em 1854, o professor Rivail ouviu falar, pela primeira vez, das mesas girantes. Pensando em descobrir novos fenômenos ligados ao magnetismo (do qual era estudioso), decide se aprofundar no fenômeno que, até então, não havia despertado o interesse dos cientistas.
Após algumas sessões, o professor Rivail, vendo que as respostas dadas pelas mesas não partiam do conhecimento de nenhuma das pessoas presentes em tais sessões, começou a questionar-se: "como pode uma mesa pensar sem ter cérebro?"

A MISSÃO

Em 30 de abril de 1856, uma mensagem foi destinada especificamente para ele. Um Espírito, que se auto denominou de Espírito de Verdade, revelou-lhe a missão que deveria desenvolver (do livro Obras Póstumas):

Pergunta (à Verdade) — Bom Espírito, eu desejara saber o que pensas da missão que alguns Espíritos me assinaram. Dize-me, peço-te, se é uma prova para o meu amor-próprio. Tenho, como sabes, o maior desejo de contribuir para a propagação da verdade, mas, do papel de simples trabalhador ao de missionário em chefe, a distância é grande e não percebo o que possa justificar em mim graça tal, de preferência a tantos outros que possuem talento e qualidades de que não disponho.
Resposta  —  Confirmo o que te foi dito, mas recomendo-te muita discrição, se quiseres sair-te bem. Tomarás mais tarde conhecimento de coisas que te explicarão o que ora te surpreende. Não esqueças que podes triunfar, como podes falir. Neste último caso, outro te substituiria, porquanto os desígnios de Deus não assentam na cabeça de um homem. 
P. — Nenhum desejo tenho certamente de me vangloriar de uma missão na qual dificilmente creio. Se estou destinado a servir de instrumento aos desígnios da Providência, que ela disponha de mim. Nesse caso, reclamo a tua assistência e a dos bons Espíritos, no sentido de me ajudarem e ampararem na minha tarefa.
R. — A nossa assistência não te faltará, mas será inútil se, de teu lado, não fizeres o que for necessário. Tens o teu livre-arbítrio, do qual podes usar como o entenderes. Nenhum homem é constrangido a fazer coisa alguma.


Em 18 de abril de 1857, Allan Kardec (que passou a assinar assim para que não confundissem as obras de sua autoria com as obras organizadas por ele, mas de autoria espiritual) publicou a primeira edição de O Livro dos Espíritos: 501 perguntas realizadas através de diferentes médiuns aos Espíritos Superiores.
A partir daí, Kardec editaria a Revista Espírita, fundaria a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e publicaria O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.
A missão do expoente máximo do Espiritismo estava cumprida: a coordenação e a codificação do ensino dos Espíritos Superiores através dos 5 livros básicos da Doutrina Espírita.

O vídeo abaixo mostra um bom resumo da vida de Allan Kardec:


Por ora ficamos por aqui.
O nosso abraço fraterno a todos. Fiquem com Deus.

E até a próxima!!

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